sábado, 16 de janeiro de 2010

O símbolo do Curso de Agronomia


Em outubro de 1969, durante VI Congresso Brasileiro de Agronomia, em conjunto com o I Congresso Latino - Americano de Engenheiros Agrônomos, realizado em Porto Alegre, foi escolhido o novo logotipo, substituindo o arado de aiveca e o teodolito, para ser adotado como símbolo da Federação das Associações de Engenheiros Agrônomos do Brasil e entidades filiadas, representando as seguintes idéias: congregação de entidades, defesa e valorização profissional, e participação do Engenheiros Agrônomos no desenvolvimento agrário do Brasil.

O concurso público teve 56 trabalhos inscritos, que foram julgados por uma comissão composta pelos Engenheiros Agrônomos José Calil, Ruben Tellechea Clausell, Sérgio Morosini, Flávio Antônio Cauduro e Jayme Lewgoy Lubianca e os arquitetos Danilo Fabretti e Charles René Hugaud. A comissão selecionou dois modelos que foram colocados em votação e após sucessivos empates, o logotipo do estudante de Arquitetura da USP, Eduardo Castro Mello, foi escolhido para ser adotado como símbolo do Engenheiro Agrônomo.

A disposição correta do símbolo, de acordo com os anais do VI Congresso Brasileiro de Agronomia, de 1969, páginas 228 a 233, apresenta na base um dos "A", conforme o logo usado pela AEAPF. Algumas entidades adotam o símbolo com a distribuição dos espaços entre os "A" formando uma linha vertical. Essa forma de disposição é inadequada.

O logotipo é composto de seis "A" formando uma figura sextavada com um espaço central também sextavado e com seis raios separando os "A", significando o seguinte:


Os "A" representam as Associações de Engenheiros Agrônomos dos Estados filiados à FAEAB, mostrando no seu conjunto a união das mesmas nas soluções dos problemas das:


1º - Associações;

2º - Agrônomos;

3º - Agronomia;

5º - Agropecuária;

6º - Agroindústria;


Silício na agricultura reduz pragas e doenças

O silício ainda é um elemento pouco conhecido na agricultura, mas promete crescer muito em importância, com os novos estudos de seu papel na nutrição de algumas plantas comerciais,como arroz e cana-de-açúcar. Absorvido pelas raízes junto com a água, o silício tende a acumular-se nas folhas de algumas gramíneas, formando uma barreira protetora contra o ataque de insetos e fungos e regulando a perda de água da planta por evapo-transpiração. Em outras palavras, a adubação complementar com silício aumenta a produtividade e reduz gastos com pesticidas. "A adubação com silício ainda é desconhecida, no Brasil ,mas nossos estudos indicam um aumento de produtividade de até 10 toneladas por hectare, nos canaviais, e o aumento da resistência de culturas de arroz contrabrusone, mancha parda e descoloração dos grãos", conta Gaspar Korndörfer, da Universidade Federal de Uberlândia, UFU,a primeira a montar um laboratório especializado na análise de solo, visando aquantificação do silício. Korndörfer explica que o silício polimeriza na superfície das folhas exatamente como o silicone utilizado em próteses – formando uma camada mais dura e mais difícil de transpor para os insetos-praga e para os fungos causadores de doenças. A diferença em relação ao silicone é que esta polimerização é reversível, regulada pela quantidade de água disponível nas raízes da planta (quanto menos água, mais polimerizado fica o silício e vice-versa). A disponibilidade de silício também determina a estrutura das plantas, que ficam mais eretas, evitando o acamamento(quando o pé de arroz ou cana deita no solo, reduzindo a produtividade). E a adubação à base de silicatos ainda serve para a correção de acidez, substituindo ouso do calcário, um elemento fundamental em quase todos os solos brasileiros. A equipe da UFU estendeu os estudos do silício a plantas de cerrado e a outras gramíneas, como o capim braquiária, para verificar a capacidade de acumular o elemento em suas folhas. "As plantas do cerrado também acumulam silício e estão nos ajudando muito a entender os mecanismos de absorção e retenção", conta Korndörfer, que vem usando este conhecimento no aprimoramento da adubação para culturas comerciais. O laboratório que ele coordena desde 1994,

em Minas Gerais, tem uma Equipe de 5pesquisadores, 2 pós-graduandos e diversos estudantes de graduação. A equipe trabalha em convênio com a University of Florida, dos Estados Unidos,e conta com recursos da ordem de 200 mil reais anuais, da Fundação Banco do Brasil,FBB, da Fundação de Amparo à Pesquisado Estado de Minas Gerais, FAPEMIG, e de usinas privadas de açúcar e álcool. A tradição na adubação de silício para culturas de arroz vem da Ásia, com destaque para pesquisas desenvolvidas no Japão, Coréia e Filipinas. Os EUA já incorporaram a adubação nas culturas de cana-de-açúcar, utilizando, principalmente, o silicato de cálcio, um resíduo da indústria de fósforo elementar. No Brasil, ainda é necessário identificar fontes baratas de silício, pois o tipo mais abundante – um resíduo de usinas siderúrgicas não é bem absorvido pelas plantas, além de oferecer riscos de contaminação por outros produtos químicos. Existe pelo menos uma marca comercial de adubo termofosfata do que já contém silício, embora a empresa explore pouco esta vantagem de se uproduto. Maiores informações com Gaspar Korndörfer, através do endereço eletrônico ghk@triang.com.br ou pelo telefone (034)212-5566.